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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

U. Leiria propõe greve para pressionar Governo - REAÇÃO A DECISÃO DO TRIBUNAL DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

A União de Leiria SAD, um dos 11 clubes da Liga que tem as camisolas patrocinadas por uma casa de apostas, a BetClick, exortou os outros clubes portugueses a fazerem greve para pressionar o Governo a alterar a legislação de modo a permitir patrocínios de casas de apostas.
"Os clubes deviam entrar em greve porque quando aparece uma fonte de receita como esta, somos logo atacados. Os clubes não têm apoios nenhuns e as receitas do Totoloto e Totobola não têm qualquer expressão. Como vamos sobreviver?", reagiu hoje fonte oficial da SAD leiriense, depois da decisão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, a favor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e contra a empresa de apostas online Bwin, que pretendia operar em Portugal.
A SAD da União de Leiria defende uma alteração legislativa que permita os patrocínios das casas de apostas, adequando a lei ao que acontece em Espanha e Itália. "O Governo tem de alterar a lei e aproximá-la do que se passa nos campeonatos espanhol e italiano, caso contrário estamos a ser vítimas de injustiça e de concorrência desleal. Somos diferentes porquê? Depois de terem subido as contribuições do futebol para a Previdência, esta situação está a matar os clubes. Porque querem acabar com o futebol?", interroga a mesma fonte. O clube de Leiria ainda não decidiu se vai manter na quarta jornada da Liga o patrocínio da BetClick nas camisolas da sua equipa.Por seu lado, o Paços de Ferreira pede "bom senso a todos" os interessados e garante que "até ser notificado oficialmente da decisão, a publicidade nas camisolas irá manter-se". "Acreditamos que a empresa de apostas está habilitada a fazer o que faz, mas, mais importante ainda, é haver bom senso de todos na resolução deste caso. Estamos a falar de verbas interessantes, que nos ajudam e fazem muita falta", disse o presidente Fernando Sequeira. Por seu lado, o Belenenses e a Académica vão estudar os casos junto dos respetivos gabinetes jurídicos, adiando para mais tarde uma tomada de posição.

(in Record)

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