"Faz 30 anos que Leiria Festejou pela primeira vez a subida ao escalão principal de futebol
"Soado o apito final foi o delírio, com o campo a ser invadido e os jogadores e técnicos da União de Leiria a serem levados aos ombros e muito solicitados, enquanto uma avioneta do Aeroclube de Leiria, no momento oportuno, ia lançando papelinhos co as cores do clube.
A Câmara Municipal de Leiria, depois, no salão nobre, promoveu uma recepção aos jogadores, técnicos e dirigentes do União de Leiria, tendo-se associado às manifestações as filarmónicas de Marrazes, Arnal (Maceira) e de Souto Cico"
A Câmara Municipal de Leiria, depois, no salão nobre, promoveu uma recepção aos jogadores, técnicos e dirigentes do União de Leiria, tendo-se associado às manifestações as filarmónicas de Marrazes, Arnal (Maceira) e de Souto Cico"
Foi assim que o Jornal de Notícias do dia 4 de Junho de 1979, há 30 anos, descreveu a festa da primeira subida do União de Leiria ao principal escalão de futebol português. No último jogo da temporada, a recepção ao Portalegrense, a vitória por 3-0 carimbou a promoção. A receita do jogo foi "a rondar os mil contos" e o número de espectadores, " a maior enchente da época".
A disputa pela subida, bastante renhida por sinal foi com o União de Lamas. No final, um ponto separou as equipas. A meio do campeonato tinha seis pontos de atraso e só após a 26ª Jornada é que o União de Leiria chegou, pela primeira vez, ao comando da Zona Centro da II Divisão - único lugar que dava acesso ao primeiro ecalão -, quando recebeu e venceu o adversário directo, por 1-0, com um golo muito polémico de Leitão, aos 82 minutos. As crónicas da épocarelatam a possibilidade do golo ter sido marcado com a mão...
O clube era ainda uma "criança". Aos 13 anos dava-se ao luxo de atingir o topo. O grande responsável pelo sucesso, além dos jogadores e da equipa técnica, foi Joaquim Marques, na altura chefe do departamento de futebol e que mais tarde viria a ser presidente.
A FORÇA DO COLECTIVO
António Paiva era a "arma secreta". Começava quase sempre a partida no banco de supelentes, mas era rara a vez em que não era chamado a substituir um colega. Considera que o segredo do sucesso estava no "espírito de grupo". Fomos fazer uma digressão aos Açores e na parte final da época fazíamos estágios em Monte Real. Foi isso que nos uniu." José Dinis entende que a "relação de amizade entre todos", cuja responsabilidade era de Félix Mourinho, foi o que fez com que todos "acreditassem" até ao fim, mesmo nos momentos mais difíceis. No final da temporada, levados pelos golos de Delfim, Pereira e Leitão, pelas defesas de Vítor Amaral e Trindade e pela experiência de Tomé, Nando e Araújo, fez-se história. Foi a primeira página escrita a letras de ouro no percurso do União de Leiria"
Miguel Sampaio
Muito bom!
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