Depois de um brilharete em Alvalade, que pôs termo, aliás, a uma série de cinco jogos sem vencer, a U. Leiria manteve a paixão pela vitória e bateu um Belenenses cada vez mais desmoralizado e que, com esta derrota, cai para zona de despromoção em função do resultado do V. Setúbal frente ao Marítimo. Por ironia, esse mesmo desfecho empurrou a equipa de Leiria para o sexto lugar.Havia praticamente dois meses que os leirienses não venciam em cada, depois de terem batido a Naval, a 24 de Outubro, por 2-0. O contraste entre a produtividade dos homens do Lis fora de casa e entre portas está agora menos visível, num borrego que os comandados de Lito Vidigal há muito tentavam matar.
O frio do dia parece ter contagiado os jogadores. No relvado (?), assistia-se a mais escaramuças do que jogadas de perigo. Com esquemas idênticos mas disposições diferentes, azuis e leirienses entregaram-se a um encontro mal jogado, com constantes interrupções e poucas jogadas com algum nexo. Felizmente, as coisas melhoraram na segunda parte. No meio de tanta mediocridade, ainda assim, eram os donos da casa quem mostravam maior intencionalidade e só a desinspiração de Cássio obstou a que fossem para o intervalo em vantagem.
O intervalo parece ter feito bem ao Belenenses que mostrou um pouco mais de atrevimento depois da primeira parte praticamente a ver jogar os locais. Lima e Pelé deram o mote com remates perigosos e Djuricic teve, finalmente, de se aplicar para não se transformar, provavelmente, nalgum bloco de gelo.
Yontcha irrita os deuses
A União também esteve perto de marcar mas Cássio, para não variar, não acertou com a baliza. A partida estava, definitivamente, pintada em tons de azul mas a forma inacreditável como Yontcha falhou o golo a um metro de Djuricic parece ter irritado os deuses. Quando o Belenenses estava por cima, eis que um corte defeituoso de Beto deixa a bola à mercê do perdulário Cássio que, desta vez, consegue redimir-se
Era difícil não o conseguir, tal a forma caprichosa como o experiente central belenense lhe colocou a bola nos pés e, ao mesmo tempo, tirou Bruno Vale da jogada. Quando se espera que o Belenenses conseguisse equilibrar os acontecimentos, à procura do empate, foi a U. Leiria que se agigantou e, já com Carlão em campo, continuou a empurrar o Belenenses para a sua baliza.
Nos últimos dez minutos, os papéis inverteram-se e o Belém tentou o canto do cisne, sem sucesso.
(in MaisFutebol.pt)
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