Aos leirienses bastava um empate para garantirem o primeiro lugar do Grupo F e a qualificação para a próxima eliminatória, e a equipa fez o quanto baste para o conseguir. Na sequência de um livre a equipa de Lito Vidigal colocou-se cedo na frente do marcador, mas permitiu à Naval o empate também em lance de bola parada. A União de Leiria teve mais oportunidades, mas a Naval atirou uma bola à barra, persistindo até final o 1-1 que favoreceu a equipa da casa. A União de Leiria marcou no primeiro remate do jogo: aos nove minutos, Marco Soares apontou um livre na esquerda e Paulo Vinícius desviou de cabeça para o fundo da baliza. A Naval reagiu bem e com Michel e Ouattara mais subidos no terreno junto de Tandia, começou a pressionar mais e a aproximar-se da baliza contrária. Os leirienses apostaram na circulação de bola, procurando deixar o tempo passar, e a Naval quase conseguia marcar na primeira oportunidade que teve à sua disposição, por Godemeche, aos 22 minutos. No lance imediato, a equipa da Figueira da Foz empatou mesmo, em novo canto apontado pelo francês: a bola sobrevoou toda a defesa leiriense e foi bater no pé esquerdo de Baradji, para um golo que surpreendeu até o próprio. Indolente e calculista, a União de Leiria ficou sempre na expectativa, esperando um rasgo de Silas ou de Carlão, mas sem arte para lances de conjunto. Ainda com menos rasgo mas a precisar de ganhar, a Naval foi pouco ambiciosa. Só quando a equipa esteve a perder é que Tandia contou com mais apoio. Todas as soluções do conjunto de Augusto Inácio se revelaram previsíveis. Num espectáculo fraco, com muitos passes errados e faltas, valeu a emoção que a segunda parte garantiu, com muitas oportunidades que “maquilharam” a exibição das duas equipas. Aos 61 minutos, um corte incompleto de Diego Gaúcho permitiu a Michel um remate à barra e, na resposta, Carlão quase marcou para a União de Leiria, mas deslumbrou-se com o ressalto que ganhou na área. Silas, o mais lúcido em campo, quase surpreendeu Jorge Batista de longe, aos 67 minutos, e dois minutos depois foi Marinho a surgir isolado frente a Djuricic, que defendeu com segurança o remate do extremo. Carlão, de cabeça, esteve perto do 2-1 aos 75, e o brasileiro, num dos melhores lances do encontro, ofereceu o golo a Silas aos 80, mas Jorge Batista desviou para canto. O empate, com pouca cor para duas equipas da Liga principal, acabou por ser justo, tendo a equipa de Leiria justificado o apuramento pela maior consistência relevada em campo.
(in Publico.pt)
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